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Projetos

I. Morfologia das Ciências Sociais

 

1. Projeto Ementa: análise bibliométrica dos cursos de Ciências Sociais

Luiz Augusto Campos e João Feres Júnior

A partir dos dados disponibilizados pelo portal de periódicos acadêmicos Scielo, este projeto se dedica a estudar o modo como as referências bibliográficas são citadas em nossas Ciências Sociais. Já há algum tempo que as informações sobre citações vêm sendo utilizadas para melhor compreender a formação de correntes teóricas e grupos epistêmicos, a recepção de determinadas perspectivas sociológicas no país e concentração temática em nossas Ciências Sociais. Nessa senda, este projeto de pesquisa

 

2. Projeto Citas: análise bibliométrica das Ciências Sociais

Luiz Augusto Campos e João Feres Júnior

A partir dos dados disponibilizados pela Plataforma Sucupira, base de cadastro e avaliação dos programas de pós-graduação brasileiro, este projeto se dedica a estudar as referências bibliográficas mais utilizadas nas ementas dos cursos de pós-graduação das Ciências Sociais brasileiras. Inspirado no Syllabus Project, plataforma que disponibiliza as principais referências bibliográficas utilizadas em aulas de universidades estadunidenses, este projeto pretende oferecer ferramentas que ajudem a compreender quais autores e autoras, obras e artigo costumam ser mais utilizados em diferentes áreas da pesquisa.

 

3. Trânsitos interinstitucionais nas Ciências Sociais

Luiz Augusto Campos e João Feres Júnior

A crescente expansão e institucionalização dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Sociologia, Ciência Política e Antropologia) brasileiros dinamizou os trânsitos interinstitucionais. Se o padrão da área imperante em seus primeiros momentos era profundamente endógeno, com poucos centros formando seus futuros docentes, há uma mudança importante nas décadas de 1980 e 1990, quando tais centros passam a exportar doutores para programas novos e menores. No entanto, pouco se sabe como a consolidação de programas outrora periféricos e a disseminação de pós-graduações de qualidade pelo território nacional mudou esses trânsitos institucionais. Esta linha de pesquisa pretende investigar essa questão.

 

4. Diversidade racial e de gênero nas Ciências Sociais

Luiz Augusto Campos e João Feres Júnior

A partir de diferentes bases de dados, pretende-se investigar o quanto as Ciências Sociais brasileiras se diversificaram em termos raciais e de gênero. Este projeto abrange pesquisas sobre o perfil racial e de gênero dos docentes credenciados na pós-graduação dessas disciplinas, os doutores formados por esses programas, bem como a pluralidade presente nas ementas e listas bibliográficas recorrentes nessas disciplinas.

 

II. Institucionalização das Ciências Sociais no Brasil

 

1. Dinâmica e constituição do campo das ciências sociais I: sociologia

Luiz Augusto Campos e João Feres Júnior

Esse projeto tem por objetivo a produção de análises dos padrões de formação, publicação e disposição disciplinar da pós-graduação e da pesquisa em sociologia no Brasil a partir de grandes bases de dados hoje disponíveis, como o Currículo Lattes (CNPq) e a Sucupira (CAPES). A despeito da recente consolidação de tais bases, e com a ajuda de outras fontes eventuais de dados, pretendemos quando possível analisar também padrões de evolução temporal dessas e de outras variáveis. Nossas análises tomam como unidade pesquisadores/professores, programas ou departamentos, grupos epistêmicos ou mesmo periódicos científicos, de modo a revelar aspectos da dinâmica da sociologia brasileira ignorados ou muitas vezes pressentidos de maneira puramente anedótica. É patente o nosso esforço de estabelecer com esse tipo de estudos um diálogo com os parâmetros normativos institucionais que orientam nossas disciplinas.

 

2. Dinâmica e constituição do campo das ciências sociais II: ciência política

João Feres Júnior e Luiz Augusto Campos

Esse projeto tem por objetivo a produção de análises dos padrões de formação, publicação e disposição disciplinar da pós-graduação e da pesquisa em ciência política no Brasil a partir de grandes bases de dados hoje disponíveis, como o Currículo Lattes (CNPq) e a Sucupira (CAPES). A despeito da recente consolidação de tais bases, e com a ajuda de outras fontes eventuais de dados, pretendemos quando possível analisar também padrões de evolução temporal dessas e de outras variáveis. Nossas análises tomam como unidade pesquisadores/professores, programas ou departamentos, grupos epistêmicos ou mesmo periódicos científicos, de modo a revelar aspectos da dinâmica da ciência política brasileira ignorados ou muitas vezes pressentidos de maneira puramente anedótica. É patente o nosso esforço de estabelecer com esse tipo de estudos um diálogo com os parâmetros normativos institucionais que orientam nossas disciplinas.

 

3. Ciências Sociais e Redemocratização

José Szwako

O projeto Ciências Sociais e Redemocratização faz uma história intelectual da gênese do debate brasileiro sobre movimentos sociais na passagem da década de 1970 para o decênio seguinte no país. Em primeiro plano, trata-se de uma sociologia das disputas interpretativas então travadas ao redor dos assim chamados ‘novos’ movimentos sociais. Neste plano, o projeto aborda os pilares cognitivos dos debates e embates sobre a emergência e a potencialidade daqueles movimentos. Seriam eles autônomos e independentes de partidos e sindicatos? Expressavam uma reconfiguração das classes populares ou eram sintomas da crise urbana? Eram, enfim, uma expressão de crítica e superação dos corporativismos herdados do pré-1964? Em segundo plano, propõe-se uma história das ideias (sociológicas) e dos ideais (políticos) implicados nas interpretações daquelas personagens e reivindicações populares. Trata-se, neste plano, de observar como e em que medida se articularam as propostas teóricas e as apostas políticas, em especial, de um subconjunto de intérpretes dos movimentos sociais cujas ação e reflexão fomentaram a criação das agremiações partidárias que se tornariam as duas maiores do país no pós-1988. No seu todo, ao observar os principais pilares e eixos cognitivos pelos quais passaram aquelas interpretações sem lhes desligar de suas apostas e expectativas com o horizonte político, o projeto Ciências Sociais e Redemocratização oferece uma visão remodelada do desenvolvimento intelectual das sub-áreas da Sociologia, da Antropologia e da Ciência Política, bem como dos sentidos da profissionalização e da especialização entre elas.

 

III. Pensamento Sociológico e Político no Brasil

 

1. Cartografia do pensamento político

Christian Lynch

Esta pesquisa pretende construir um mapa conceitual da área acadêmica de estudos do pensamento político brasileiro (PPB) no âmbito da ciência política brasileira. De um lado, a pesquisa aborda as razões da indeterminação terminológica dessa área e indaga seus significados conceituais como objeto e disciplina. Como objeto, em sentido lato, o PPB alude ao conjunto de ideologias de que a cultura política do Brasil é composta, apresentadas em um estilo de escrita “periférico”. De um ponto vista estrito, o PPB se refere aos “clássicos” de nossa teoria ou ciência política, escritos antes da institucionalização universitária na década de 1970. A despeito dessas definições, considera-se o pensamento político como disciplina universitária dedicada ao estudo da história das ideias políticas no Brasil, descrevendo-se seu desenvolvimento, suas interpretações, seus pesquisadores mais notáveis e seus principais grupos de pesquisa: o mannheimiano, o lukacsiano e o gramsciano.

 

2. O pensamento social sobre a América Latina no Brasil (1950-2010): produção e circulação de conhecimento na (semi)periferia

Breno Bringel

O projeto busca examinar o pensamento social sobre a América Latina no Brasil entre as décadas de 1950 e 2010 a partir de uma interpretação processual e longitudinal sobre os percursos da sociologia latino-americana. Seu objetivo principal é construir um mapa e uma interpretação abrangente sobre os estudos latino-americanos no Brasil e sobre a sociologia latino-americana em geral, sensível a sua transformação ao longo do tempo e às conexões transnacionais entre ideias, redes e intelectuais. Para tal fim, parte-se do acumulo coletivo dos pesquisadores do grupo e de uma pesquisa previa sobre a experiência do CLAPCS no Rio de Janeiro entre 1957 e 1976, ampliando-a, no entanto, no tempo, no espaço e em seu escopo analítico. Ainda que o interesse pela genealogia e pela originalidade do pensamento social latino-americano venha ganhando destaque internacionalmente, pode-se observar que, no Brasil, os estudos latino-americanos não adquiriram a densidade institucional que se observa alhures. Embora em alguns casos com significativa projeção internacional, a pesquisa na área permanece estruturada sobremaneira por investigadores individuais, com seus respectivos orientandos e projetos. Espera-se com esta pesquisa reverter essa lógica atomizada e fortalecer as redes de trabalho, debate e produção acadêmica. Ao fortalecer uma comunidade de pesquisa em estudos latino- americanos, através da presente proposta, pretendemos resgatar e atualizar uma tradição de pensamento social latino-americano no Brasil, de forma a pensar sobre os desafios sociais contemporâneos em uma chave mais ampla, regional e cosmopolita.